Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Santa Josefina Bakhita: Uma História de Superação, Humildade e Serviço

No Sudão, em 1878, uma menininha de apenas 9 anos chamada Josefina Bakhita foi surpreendida por dois homens que lhe taparam o caminho e apontaram-lhe uma arma. Em seguida, levaram-na consigo, como se roubassem uma galinha de um galinheiro. Naquele dia, como se fosse num pesadelo, a menina africana se esqueceu de tudo, até mesmo o próprio nome e o dos pais com quem morava.

Escravidão e Sofrimento

Os mercantes muçulmanos que a sequestraram decidiram rebatizá-la como “Bakhita”, que significa “afortunada”. No entanto, essa ironia não escapava à realidade cruel: Josefina agora era uma mercadoria humana, passando de mão em mão nos mercados de escravos. Um dia, enquanto servia um general turco, foi marcada com faca em seu corpo, com 114 cortes e as feridas cobertas de sal para permanecerem evidentes.

A Luz no Fim do Túnel

Bakhita sobreviveu a tudo, até que um raio de luz atingiu seu inferno. Um oficial italiano, Callisto Legnami, a comprou dos traficantes. Nesse dia, Bakhita-Afortunada vestiu, pela primeira vez, um vestido, entrou numa casa, a porta foi fechada e 10 anos de brutalidades indescritíveis ficaram para trás. O oásis durou dois anos, quando o italiano, que a tratava com carinho, foi forçado a repatriar-se sob a pressão da revolução mahdista. Bakhita se recordará daquele momento: “Ousei pedir-lhe que me levasse à Itália com ele”. Callisto aceitou e, em 1884, Bakhita desembarcou na península onde, para a pequena ex-escrava, um destino inimaginável a esperava.

A Providência de Deus

Conforme Romanos 8:28, “Tudo concorre para o bem dos que amam a Deus”. Em 1888, o casal que a hospedava viajou, e Bakhita e Alice, a filha mais nova do casal, foram confiadas às Irmãs Canossianas de Veneza. Lá, Bakhita conheceu Jesus, aprendeu o catecismo e, em 9 de janeiro de 1890, recebeu o Batismo com o nome de Giuseppina Margherita Fortunata. Na mesma ocasião, também recebeu o sacramento do Crisma e a Primeira Comunhão.

Vida Religiosa e Caridade

Com 24 anos, em 1893, Bakhita entrou no noviciado das Canossianas e, três anos depois, profereu os votos. Durante 45 anos, foi cozinheira, sacristã e, acima de tudo, uma porteira do convento de Schio, onde agia com bondade. Carinhosamente, ela chamava Deus de seu patrão. Foi conhecida por muitos pela alegria e paz que comunicava. As crianças da época a chamavam carinhosamente de “irmã de chocolate”, pois ela distribuía doçura em sorrisos e atitudes.

Legado e Canonização

Para todo o convento de Schio, o dia de sua morte, 8 de fevereiro de 1947, foi de luto. Bakhita-Afortunada deixou um legado de superação, humildade e serviço. Ela é padroeira dos escravos e intercessora dos sequestrados. Se encontrasse aqueles negreiros que a sequestraram e torturaram, ela disse que se colocaria de joelhos para beijar suas mãos, pois, sem tudo o que aconteceu, ela não seria agora cristã e religiosa.

Comente o que achou:

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja Mais

Artigos Relacionados

Anuncie aqui